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domingo, 13 de janeiro de 2008

Do Blog do Azenha

A SUCESSÃO AMERICANA

Luiz Carlos Azenha também detecta um novo quadro americano, em dois artigos analisando as respostas do público americano ao casal Clinton e à Barack Obama.

Em "State of denial", Azenha sustenta que Hillary não é mudança suficiente para a atual saturação política que atingiu o país e aposta em Obama como candidatura de reais possibilidades. A indisposição dos eleitores para com o status quo reinante se estende e se deve igualmente ao comportamento da mídia, apontando nos políticos e na imprensa a mesma insensibilidade para com as "respostas". Esse vazio que se abre entre o público e as instituições gera a rejeição da opinião pública às linhas de acontecimento atuais. Nisso Azenha faz a aproximação entre a situação brasileira e a americana, já feita pelo Alan.

Na atividade jornalística ele faz uma descrição minuciosa dos processos internos que levam ao "state of denial", em essência argumentando ser a ausência do contraditário o principal fator de distanciamento entre a mídia e o público. Nisto sua argumentação acompanha a direção de Alon, quando fala de unilateralismo e multilateralismo e o desgaste do conservadorismo nos EUA e no Brasil.

No link de Opinião, de 07.01, o alvo do comentário é a polarização política e se resultado principal:

"Há indícios de que os independentes e até republicanos mais moderados estão dispostos a cruzar a linha partidária e participar das prévias democratas para dar apoio ao senador de Illinois. Alguns porque realmente querem ver a derrota de Hillary Clinton, a quem não suportam. Outros porque acreditam nas palavras de Obama. E os mais jovens porque decididamente acham que é preciso mudar tudo em Washington."
Além disso, Obama começa a firmar posições temáticas sobre os pontos nevrálgicos desse esgotamento do tradicional:

"Obama diz que Washington é refém dos lobistas de grandes corporações, que controlam o Congresso através de doações de campanha. Diz que a guerra no Iraque foi um erro, que desviou os Estados Unidos da tarefa fundamental, a de combater Osama bin Laden. Diz que vai fazer diplomacia com todos os países, inclusive com aqueles que o governo Bush colocou na lista de inimigos. Promete aumentos anuais do salário mínimo. Tem um projeto que permitiria a todos os americanos ter seguro de saúde - cerca de 40 milhões não tem cobertura hoje em dia."
Com isso, Azenha afirma que é Hillary e os republicanos que estão sem discurso, e não Obama, e diz que este é uma espécie de Lula americano. Não chegaria a tanto. As dinâmicas sociais e partidárias americanas apresentam diferenças enormes para as brasileiras, mas pontualmente se podem indicar semelhanças, sim. Além desse novo que parece necessário, lá e cá, outro fator cada vez mais atuante é o apelo jovem e a facilidade que Obama tem de compreender as novas formas culturais do século 21. Hillary e os republicanos até agora têm sido cidadãos do século 20, e uma coisa que não pára, na terra de Franklyn, Edison, Ford e Gates, é o tempo.

Interessante fazer a leitura do quadro americano entrelaçado com o que ocorre no Brasil, tecido dos dois posts comentados.

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 RECADOS     

PARA OS AMIGOS, ANJOS DA GUARDA E LEITORES DO BLOG: 

21/10/08, 18:18 - AINDA PREPARANDO O CAPÍTULO 3 DE HISTÓRIA DA FALA

                        - RELENDO  Bakhtin, e as "NOVAS CONFERÊNCIAS INTRODUTÓRIAS", de Sigmund Freud

                        - PRIMEIRO ARTIGO DA SÉRIE SOBRE SEXUALIDADE FOI PUBLICADO !

                        - PREPARANDO 2º ARTIGO SOBRE SEXUALIDADE: 

A ESTÉTICA DA NOVA PORNOGRAFIA (texto não restritivo) - A questão estética da pornografia é uma "não-estética", uma anti-estética, mas há um projeto para isso, e uma função ideológica implícita, quer dizer, romper com a estética faz parte de um conjunto complexo de relações sociais.