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Citação de Bakhtin::

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Cidades do Futuro 15 - Admirável Mundo Novo !

CAPA DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO. Obviamente não se está propondo o racionalismo extremo da alegoria de Aldous Huxley sobre o futuro do capitalismo, mas se estão reconhecendo as possibilidades de satisfação das necessidades básicas e de consumo médio das populações, nesta era de enorme sofisticação tecnológica.

A História da Fala e a Teoria Geral das Forças Produtivas, ainda que em seus passos iniciais, já citaram referências e sistemas suficientes para se ter uma idéia do que será a dinâmica das cidades no futuro: será a própria dinâmica produtiva! As redes produtivas, ou rede dialética, ou rede dos possíveis, ou redes completas, ou redes de equipes de trabalho, o que sejam, organizadas no espaço interdisciplinar - nos interespaços (*) -, sendo administradas com a idéia de "riquezas civilizatórias", um projeto de civilização que em si constitui as escalas de valor e riqueza. Para isso deverá ocorrer uma acentuada revalorização das opções de formação e trabalho individual, simultaneamente à grande humanização das relações entre o capital e o trabalho, finalmente, e como fator produtivo.


Será muito difícil, no futuro próximo, administrar um bairro, uma cidade, um estado, um país ou bloco de países, se não for desta maneira, com essa percepção, sensibilidade, visão, disposição e habilidade. Se isto não for feito, e se mantiverem os modos atuais de Administração, pública ou privada, o resultado certamente será o agravamento das crises sociais e produtivas, atingindo níveis insuportáveis em todos as áreas. Os sistemas dos séculos 19 e 20, que predominaram até agora, na chamada Revolução Industrial, que pode sim ser estendida até meados do século 21, se aplicados neste século levarão inevitavelmente ao colapso e a desastres seguidos. Esta é a principal causa dos numerosos focos de instabilidade que se observam no mundo hoje, acompanhada de uma espécie de incerteza nascida da imprudência de se insistir nesses modelos que se tornaram impróprios para gerir a sociedade.


Administrar as áreas urbanas, a agroindústria ou a agricultura familiar demandará fundamentalmente a mesma base produtiva: a produção discursiva (ou dialógica) interdisciplinar, a correta organização das palavras e dos temas produtivos, o que pode ser ilustrado pela nova economia liderada por empresas como a Microsoft (basicamente é isso que ela faz), gerando critérios, valores, sistemas e procedimentos, e a articulação do trabalho, quer dizer, novas formas de divisão do trabalho, de acordo com os novos ambientes produtivos de alta tecnologia.


Quando um prefeito ou secretário chegar em um bairro, a primeira coisa que precisará ter em mãos é o plano produtivo daquela área. Saber se a população está produzindo conhecimento, estudando para produzi-lo e se as redes produtivas públicas e privadas têm vínculos suficientes nessa área. Se a economia não for "operacional" em certos aspectos, então é disso que ele precisa cuidar. Não se pode mais deixar nenhum ponto improdutivo na sociedade. A economia da escassez está sendo substituída pela economia da abundância, não porque os bens se tornaram todos infinitos, mas porque as alternativas o são. O trabalho de Administração Pública, mais do que nunca, será o de aplicar as corretas equações produtivas às diversas situações sociais. Há recursos para sanar todos os problemas e fazer com que todo trabalho ocorre sob perspectivas construtivas e de organização cada vez mais complexa e organizada. Com isso, deveremos assistir à despressurização que hoje se verifica sobre as verbas públicas, o principal foco dos conflitos sociais, políticos e econômicos, e ele tem origem cultural. Já nas próximas décadas, entretanto, os campos produtivos na iniciativa privada serão multiplicados e potencializados, como decorrência do próprio funcionamento do mercado. Vê-se o que ocorreu com a Microsof: ela não precisou recorrer ao Estado, mas sim o Estado mais poderoso do mundo precisou recorrer a ela, para que não dominasse e monopolizasse todo o mercado. Isto é sintomático das novas possibilidades produtivas.


Este é o futuro, caros cidadãs e cidadãos, então devemos nos preparar para ele desde já, pois o futuro já começou.


* O "interespaço" é um conceito elaborado neste Projeto, consultar artigos anteriores.


Projeto Cidades do Futuro 15

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