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Citação de Bakhtin::

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sábado, 9 de fevereiro de 2008

Os modelos escolares atuais são arcaicos e ultrapassados!

IMAGEM DO FILME EU, ROBÔ!

Mesmo as chamadas “escolas de excelência’”, que procuram se colocar como modelo alternativo e melhorado de ensino, estão engessadas por um currículo obrigatório sufocante e inflexível, adotando princípios de ensino público de quando se iniciou a escola para as “massas populacionais”, há 200 anos. Não dá para mudar tudo rapidamente, nem de uma vez, mas também não será possível continuar como é. É preciso começar o novo, já, e os governos têm a responsabilidade de iniciarem esses estudos e projetos experimentais, em todos os níveis escolares: prédios, instalações, legislação, professores, alunos, administradores e funcionários!


Um estudante determinado a ser advogado deveria passar horas, semanas, meses estudando assuntos como sistemas de resistores e geradores elétricos, e o torque de um motor, na Física, e não estudar uma disciplina opcional de oratória, teatro, história, ou conceitos básicos das humanidades (Filosofia, Sociologia, Antropologia, Psicologia...) ? Deveria saber que a parte do volume de uma esfera formada por parte de uma das arestas de uma pirâmide de lado “l” é, na região de interseção, uma expressão esdrúxula qualquer, e não conhecer os discursos de Cícero, ou os Sermões de Vieira? Conhecer todo o ciclo digestivo das baratas, das moscas e das girafas, mas não conhecer os textos de Ésquilo? Saber a nomenclatura de todos os ácidos e sais, as principais propriedades e alguns elementos químicos não-metais, saber resolver exercícios de Química Orgânica como ninguém, mas desconhecer o Iluminismo, não saber quem foram Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Marat, Danton e Roberspierre? Fazendo a ressalva de que todo conhecimento em si é muito valioso, por isso mesmo deve ser valorizado na história de cada um.


Um jovem adolescente desejando aprender Ciência e revelando aptidão nessa área, deveria ter as mesmas tarefas e a mesma forma de acesso aos computadores e laboratórios da escola? Deveria ter o mesmo projeto de aulas de outro aluno que simplesmente não suporta e nunca irá aprender quase nada dessas disciplinas? Deveria dedicar suas horas livres às tarefas de Literatura e História, conhecendo profundamente as obras de José de Alencar, Machado de Assis e Graciliano Ramos, ou os fatores dos principais acontecimentos da Velha República e do Sistema Colonial, e não conhecer programação de softwares? E o que se poderia dizer de um atleta ou de um artista? De um futuro comerciante ou de um político? Deveriam estar expostos de maneira homogênea aos currículos obrigatórios oficiais? E os exames seletivos, não deveriam ser ao mesmo tempo ainda mais genéricos e sintéticos na cultura geral, e mais profundos nos conhecimentos específicos?


Todas as escolas de uma cidade precisam oferecer exatamente as mesmas matérias, com exatamente as mesmas ênfases e níveis de aprendizagem? Por que um aluno do Ensino Médio não pode cursas disciplinas, por exemplo, em três escolas de sua cidade, durante a semana, por ser mais adequado ao seu perfil, e deste modo poder estudar por exemplo, marcenaria, desenho técnico e música, dentro da escola estadual? E por que uma aluna não poderia freqüentar disciplinas também em unidades diferentes da mesma cidade, fazendo experimentos no laboratório de biologia, participando da produção de um documentário em outra e ainda fazendo uma oficina de criação literária, dentro da mesma estrutura estadual? Impossível? Não, não é! Mais do que possível, é uma necessidade para o futuro, projetos a serem implantados e desenvolvidos.


E há ainda muitas outras possibilidades escolares, como programas de intercâmbio regionais, nacionais e internacionais, gincanas e concursos, cursos livres e de férias, palestras e estágios, todos sendo oferecidos antes da universidade. Basicamente, do que se trata esta proposta, senão da estabilidade do sistema produtivo? Se os cidadãos têm diante de si uma gama de boas possibilidades econômicas e profissionais, conseguidas por sua educação, será muito mais difícil recorrerem a ações ilegais, em um extremo, ou serem excluídos dos bens sociais, no outro extremo.


Pequenas Crônicas 4

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PARA OS AMIGOS, ANJOS DA GUARDA E LEITORES DO BLOG: 

21/10/08, 18:18 - AINDA PREPARANDO O CAPÍTULO 3 DE HISTÓRIA DA FALA

                        - RELENDO  Bakhtin, e as "NOVAS CONFERÊNCIAS INTRODUTÓRIAS", de Sigmund Freud

                        - PRIMEIRO ARTIGO DA SÉRIE SOBRE SEXUALIDADE FOI PUBLICADO !

                        - PREPARANDO 2º ARTIGO SOBRE SEXUALIDADE: 

A ESTÉTICA DA NOVA PORNOGRAFIA (texto não restritivo) - A questão estética da pornografia é uma "não-estética", uma anti-estética, mas há um projeto para isso, e uma função ideológica implícita, quer dizer, romper com a estética faz parte de um conjunto complexo de relações sociais.