BLOG DE CIDADANIA - comentários sobre os principais blogs nacionais, pequenas análises e crônicas: Ciência, Cultura, Sociedade, Política, Economia, Religião e História. Divulgação Científica.


Citação de Bakhtin::

A VIDA COMEÇA QUANDO UMA FALA ENCONTRA A OUTRA

 

BLOG 

O LINK DOS BLOGS E PAGINAS MAIS CITADAS ESTÃO NA COLUNA AO LADO

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cidades do Futuro 12 – Cidades de Água

CLIQUE PARA VÊ-LA AMPLIADA

O correto equacionamento das redes de abastecimento de água fará com que as projeções de escassez se transformem em abundância de água, desde que seguidos os princípios desse sistema.


Propostas para novos sistemas hídricos em cidades pré-existentes esbarrariam em tantos conflitos, bloqueios e resistências, que jamais seriam implantados. Pode-se dar uma idéia deles. Mas, em uma cidade nova, a ser construída, como “cidade-modelo” futurista (embora o segredo seja fazê-la a menos “modelar” e a mais específica possível), esse projeto seria aceito e até esperado. Numa segunda fase, depois de constatadas as diferenças enormes de um sistema urbano para outro, aí as resistências seriam certamente superadas.

Não sou especialista em água, mas em sistemas, e aplico as formas de organização hipoteticamente às águas da cidade.


1. ÁGUAS DO SISTEMA DE SANEAMENTO: este reservatório pode ser reutilizado e separado da rede de água potável ou de água para uso comum, nas torneiras e chuveiros. Captar água de cursos naturais e de aqüiferos, passar por todo o sistema de tratamento, e depois despejá-la “na primeira descarga”, é desperdício puro. Não é um uso sustentável. Sem contar ainda o prejuízo enorme da contaminação da água límpida e a poluição dos riachos e rios. Nos padrões da sociedade do conhecimento, esta é uma agressão ambiental de alto grau, o de comprometer toda a qualidade do ciclo hidrológico.

De outro lado, esta água precisa ser tratada, para evitar proliferação de microorganismos e contaminação generalizada da rede de esgoto doméstico. É preciso manter um sistema próprio de água tratada, e a maior parte desta reserva pode ser obtida reaproveitando a água da própria rede de saneamento. Uma pequena parte dessa água tratada pode ser trocada com outras redes, e mais um pouco de água límpida pode ser constantemente adicionada aos reservatórios, para garantir taxas de renovação deste ciclo em particular.


2. ÁGUAS DE USO COMUM: como no caso anterior, boa parte da água pode ser reutilizada, para o mesmo fim. Embora seja água potável, contudo, não se destina ao consumo humano. Esta é a segunda rede de água do sistema hídrico. São as águas de torneira e de chuveiro.


3. ÁGUA POTÁVEL: Esta é uma terceira rede (terceira ligação independente), de águas captadas diretamente nos cursos naturais ou de reservatórios pluviais (chuva). Aqui não há necessidade de reaproveitamento, pois o desperdício é praticamente zero.


4. SISTEMAS INDUSTRIAIS E MINERAÇÃO: Os mesmos princípios da rede de saneamento seriam usados, mas neste caso há cuidados especiais de filtragem em cada atividade, e a necessidade de estações de tratamento às vezes específicas, capazes de serem dimensionadas até por unidade, em micro-estações de tratamento.


5. SISTEMAS AGRÍCOLAS: Boa parte da água tratada na cidade pode ser também reaproveitada “mais abaixo” na rede de abastecimento, no cultivo agrícola. Quando as distâncias são muito grandes, estão fora das rotas artificiais (ainda), pode-se instalar micro-centros de tratamento de água que atendam às propriedades (filtros ou pré-filtragem) e escoamento para estações de tratamento, evitando a contaminação dos riachos e rios, embora boa parte da poluição neste caso já venha na própria enxurrada, por causa do uso de defensivos. Neste caso, o acompanhamento de amostras dos vertedouros, das minas e das águas que saem das propriedades poderá determinar pontos de tratamento nos próprios rios, evitando que a poluição se acumule. Todos esses custos podem ser bastante diminuídos pelos programas de pesquisa e pela alta tecnologia. Quanto às obras gerais, isto não é ruim, é bom. Apenas se abrem novos campos de trabalho na construção civil, estruturalmente muito simples.


Quais os resultados de um quadro hídrico como este?


1. Abundância de água límpida e sistemas hídricos altamente desenvolvidos;

2. Melhor aproveitamento da água e melhores condições de vida;

3. Aumento dos níveis educacionais da sociedade, que passam a ter de respeitar um número maior de sistemas (avanço cultural-civilizatório);

4. Barateamento gradativo dos custos de tratamento da água que se projetavam nos sistemas de escassez; Fim dos problemas de escassez da água;

5. Possibilidade de retorno do uso controlado dos cursos naturais, para passeios, parques aquáticos, piscinas, pescarias, esportes, etc.

6. Incorporação destes métodos e critérios aos novos sistemas urbanos, permitindo que enfim comecem a ser construídas as cidades do futuro.

7. Com o passar dos anos, expandindo-se esses sistemas artificiais pelo país, a tendência é a de que eles passem a ser integrados, mesmo a grandes distâncias, formando um gigantesco sistema hídrico para os usos diversos da sociedade e integrando todas as localidades brasileiras.



Projeto Cidades do Futuro 12

Nenhum comentário:

 RECADOS     

PARA OS AMIGOS, ANJOS DA GUARDA E LEITORES DO BLOG: 

21/10/08, 18:18 - AINDA PREPARANDO O CAPÍTULO 3 DE HISTÓRIA DA FALA

                        - RELENDO  Bakhtin, e as "NOVAS CONFERÊNCIAS INTRODUTÓRIAS", de Sigmund Freud

                        - PRIMEIRO ARTIGO DA SÉRIE SOBRE SEXUALIDADE FOI PUBLICADO !

                        - PREPARANDO 2º ARTIGO SOBRE SEXUALIDADE: 

A ESTÉTICA DA NOVA PORNOGRAFIA (texto não restritivo) - A questão estética da pornografia é uma "não-estética", uma anti-estética, mas há um projeto para isso, e uma função ideológica implícita, quer dizer, romper com a estética faz parte de um conjunto complexo de relações sociais.