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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Cidades do Futuro 9 - o planejamento urbano em nível quântico


Não são exatamente os níveis superficiais da paisagem urbana que determinam se este é um projeto urbano adequado ao "século do conhecimento", ou se está totalmente ultrapassado, mas as micro-relações que produzem seus sistemas urbanos, sob a cidade aparente.


A mecânica quântica, sistematizada por Max Planck em 1900, estuda o microcosmos, as partículas infinitamente pequenas (sub-atômicas) que formam os átomos e as menores emissões energéticas do universo, os "quantum", através dos quais se processam os fenômenos do macrocosmos (o infinitamente grande) sintetizados na Lei da Relatividade, a famosa fórmula de Einstein, E=mc².

Desde então, o termo "quântico" tem sido usado para designar várias fases microestruturais de um objeto ou de um sistema. Mas, na administração e no planejamento das cidades, chegou-se apenas até os níveis infraestruturais de seus elementos, e raramente se cuidam dos fenômenos microcósmicos ou microestruturais. Isto ocorre, por exemplo, quando se observa a qualidade do ar ou da água, que precisam ser examinados em nível microscópico, de suspensão e dispersão de partículas, mas acontece que há muitos outros níveis quânticos a serem controlados ou acompanhados, nos sistemas urbanos.


A durabilidade e resistência das adutoras dos sistemas hídricos, por exemplo, e de suas redes de conexões. O nível de proteção acústica e térmica dos materiais usados nas residências e outros prédios, é outro caso. Além disso, as especificações de cada sistema, como as condições de acesso às redes de saneamento, de energia elétrica, os padrões dos cabos de comunicação, as legislações específicas de construção, etc. O correto dimensionamento das fontes alternativas de energia, a complexidade dos sistemas hídricos, o processamento de dejetos, resíduos e rejeitos, o dimensionamento correto e a pluralidade das vias públicas, a regulação do tráfego, as formas variadas de transporte, e assim por diante.


Note-se que, se os sistemas educacionais e de formação profissional diferem das atuais, se as formas e condições de trabalho são totalmente diferentes das atuais - vide textos anteriores, todas as paisagens urbanas serão transformadas, pois as dinâmicas da cidade se alteram completamente. O panorama de negócios, o sistema de valores econômicos, passam a ser reajustados pela nova realidade produtiva. Da mesma forma, as alternativas de divisão do trabalho também sofrem grandes mudanças. Pode-se dizer, portanto, que as novas cidades do futuro serão construídas por relações recíprocas com os modos de produção, pois elas tanto são o produto dos avanços culturais, quanto tornam possíveis esses avanços, nos novos espaços que criam, nas novas relações que permitem. Pode-se acrescentar, nesta mesma linha de raciocínio, que um novo modo de produção está nascendo, no processo da globalização, e faz parte dos novos níveis administrativos das cidades a observação de seus níveis "quânticos".


Retornamos ao início, quando citamos Brasília, considerando que teve inovações e limitações. Para que Brasília se tornasse uma cidade integralmente "do futuro", todo o seu organismo de influência imediata, a região do entorno, mas também o plano piloto, precisariam passar a incorporar melhorias urbanas desses novos modelos produtivos de alta tecnologia.


Projeto Cidades do Futuro 9

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