Outras espécies poderão evoluir de modo ainda ignorado.
Os dois primeiros textos abriram caminho para o exame das questões sobre o futuro da humanidade, e procuraram fazê-lo de modo meticuloso, sistemático e criterioso. Como se viu, o futuro está realmente às portas e não tem tempo certo para acabar. Será praticamente uma "eternidade", mas uma eternidade com metas, projetos e objetivos, de resultados parcialmente calculáveis.
Bem-vindos ao futuro, caros cidadãos. Depois de lerem estes primeiros textos, a vida de vocês acabou de mudar, para sempre. Já não vivemos mais no passado.
Se pareceu que a História tinha terminado, após a queda do Muro de Berlim e o período monolítico do neoliberalismo, ao dobrar a curva dos tempos eis que o campo se abriu de vez, e nos deparamos com a diversidade e a multiplicidade sem fim, de uma viagem sem retorno. Jornada esta que é parte da história da Terra; a história planetária, por sua vez, integra a História Universal. Vivemos nos últimos 200 anos a história do Capitalismo Industrial, e este cumpriu seus objetivos, em meio a tragédias incalculáveis e erros monumentais, que nunca mais deveriam se repetir. A sociedade, contudo, tem de se organizar e se esforçar, para que as tragédias provocadas pela ignorância humana sejam superadas pelo menos em seus projetos de viver.
Foi o mundo industrial que construiu os motores da "nave" para o futuro. Esse "veículo", como já foi muito rapidamente exposto, foi feito de avanços técnico-científicos, mudanças culturais e, contribuindo decisivamente, a alteração tanto das formas de produção quanto dos modos de acesso à produção. Estamos agora no limbo, esse tempo estranho, pois o trabalho humano criou um vácuo, a ser preenchido com o novo, não obstante as antigas estruturas ainda resistam ferrenhamente. Por quê?
Afirmamos que deveria haver fatos centrais capazes de levar a civilização aos seus limites, "empurrando-a" para a falta de alternativas a não ser o futuro. Isto no plano material, e estes foram a universalização do ensino e o equacionamento da fome, processos marcados por acontecimentos como a Independência e a Constituição Americana, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, e todas as conseqüências desencadeadas no séc. 20. No simbólico, porém, também havia essa mesma lacuna. Faltava um fenômeno "teórico" capaz de mobilizar o pensamento e a disposição dos homens, um derradeiro "pedacinho", para costurar a imensa rede do conhecimento e colocá-la em marcha, rumo à conquista do próprio tempo. Nossa história anterior talvez tenha 5, 10 mil anos, mas acabamos de conseguir um "crédito" de 500 mil anos.
E qual seria a chave do tesouro, para o futuro da humanidade?
Projeto Cidades do Futuro 3 - última revisão em 19.01.08; 28.01.08
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