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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Follow the Money, ou a transparência das fontes de financiamento da política, nos EUA

A questão ética envolvida com financiamento de campanha no Brasil não é muito diferente do falso pudor com que às vezes se defende a Amazônia, mas se deixa essa região ao sabor de atos arbitrários de qualquer nível ou natureza. Há alguma possibilidade da Amazônia ficar intocada? Não! Então vamos ver como encontrar boas soluções. Na política é a mesma coisa. No Brasil, existe alguma possibilidade de não se financiar campanhas? Não! Então vamos procurar regulamentar isso da melhor maneira possível.

Obama, o preferido da blogosfera norte-americana

publicado no Observatório da Imprensa em 06.02: Artigo de Carlos Castilho. Sobre a relação financiamento-aceitação dos eleitores americanos, reforça a necessidade do Brasil adotar sistema semelhante em suas campanhas eleitorais.

Barack Obama conseguiu arrecadar 28 milhões de dólares para sua campanha, apenas entre os internautas e blogueiros! Isto é mais de 50 milhões de reais, e a fonte está longe de secar! Hillary desembolsa dinheiro próprio, isto é visto com preocupação pelos correligionários. O primeiro fez opção pela renovação política e sua candidatura avança; a ex-primeira-dama, antes tida como imbatível, faz uma opção continuísta e só mantém a liderança por ser mulher, o que também é uma novidade importante, mas o importante é verificar como o comportamento das fontes de arrecadação, feita de modo transparente e assumido, correspondem ao jogo político mais legítimo daquele país.


Aqui no Brasil as fontes dizem que não podem revelar os nomes, ou precisam apoiar as candidaturas mais fortes, para não serem excluídas dos negócios futuros. Mas isto ocorre justamente porque se procede assim. Se hipoteticamente não fizessem isso, aí sim é que se abriria uma margem institucional para se cobrar a responsabilidade de governo nos negócios públicos, e se estabeleceria um campo fértil para as críticas e cobranças da imprensa, fazendo o jogo político avançar.


Ou o Brasil escolhe o modelo americano, ou um modelo europeu de financiamento público. Neste caso especificamente, das vocações políticas, o Brasil parece estar mais próximo dos EUA, por ser país multicultural, continental e presidencialista. Então, que aplique o modelo americano, fazendo as adaptações mínimas necessárias. Com o atual modelo brasileiro é que não dá para ficar. Porque assim se cria um círculo vicioso muito difícil de quebrar, e que fica cada vez mais intenso, ou seja, começa a ameaçar a própria ordem constitucional e a democracia. Isto é uma enorme contradição. Ficam essas somas enormes nas sombras, essas cifras milionárias sem qualquer controle, e que contas os partidos têm de prestar?


Vejam que a tecnologia já está permitindo que os eleitores das camadas populares comecem a ser fontes de financiamento importantíssimas, através da Internet. Não demora muito para isto chegar no Brasil, desde que se regulamente os modos de financiamento eleitoral para isso. No sistema capitalista, o movimento dos capitais em períodos eleitorais faz parte do sistema, e isto tem a ver com a futura governabilidade, a ser mantida de forma legal e legítima. Então, que se divulguem essas contas. Que esse dinheiro se torne conhecimento público, mesmo com anistia fiscal e não verificação da origem, neste primeiro momento: tal partido tem tanto, o outro tem tanto. Mas, a partir daí, que se jogue esse jogo às claras. Não sei se já perceberam, mas o Brasil está patinando nesse ponto. O país não conseguirá avançar em seus principais pontos estratégicos, se não resolver isto agora, já! Temos 3 anos decisivos para o país, pela frente, em uma fase crítica da história brasileira. O Brasil pode passar a ocupar uma posição de grande destaque no mundo, mas não poderá continuar com essas mazelas de “caixa 2” e outros quetais do gênero. Para a política, só dinheiro “limpo”, senão já vai começar tudo errado, e os planos e projetos já ficam comprometidos de saída. Assim, o país corre o risco de desandar e voltar para trás, ou não vai sair do lugar, nas posições mais avançadas.


Comment 2, Observatório

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